Remanescente do Quilombo de Pinhões, em Santa Luzia (MG), com quintal repleto de porcos e galinhas, a culinarista Kelma Zenaide, uma referência mineira na culinária ancestral, é dona de inúmeros sabores e saberes sobre gastronomia afro-brasileira com influências africanas e indígenas e afro-mineira. Seu trabalho extrapola o território mineiro, devido as influências do norte e nordeste, inspirada na tecnologia ancestral e afetiva. Isso pode ser visto tanto na mescla dos ingredientes que compõem os pratos de Kelma, quanto na forma de servi-los, utilizando materiais diversos como madeira, folhas, bambu, cerâmica, pedra, cobre, vidro, esmaltado palhas, barro, taças e copo lagoinha.
Em oficinas gratuitas, de 1º a 14 de novembro, a especialista vai falar sobre gastronomia diaspórica, culinária afetiva inspirada na tecnologia ancestral, e revelar os sabores de sua cozinha ancestral, que alimentam o corpo e a alma. As aulas vão ocupar três territórios importantes de Belo Horizonte: o Centro Cultural Usina de Cultura, o Centro de Referência da Cultura Popular Lagoa do Nado e o CRESAN – Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional/Mercado da Lagoinha. As inscrições gratuitas são pela sympla e cada oficina tem um tema.