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Liça Pataxoop, educadora e liderança Muã Mimatxi, nos palcos do CCBB

CCBB Educativo presta homenagem à linguagem e cultura ancestral Pataxoop com eventos gratuitos nos dias 24 e 25 de fevereiro; programação celebra o Dia Internacional da Língua Materna

Tehêys de Liça Pataxoop. Créditos imagem: Espaço do Conhecimento UFMG

 

Um dos grandes símbolos de resistência dosPataxoop são os tehêys, instrumento de pesca que ganhou novos significados ao se transformar em desenhos que narram ensinamentos e a memória do seu povo. No próximo dia 25 de fevereiro, às 16h30, essa história será contada no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte por Dona Liça Pataxoop, educadora e liderança da aldeia MuãMimatxi.

Utilizando os tehêys como método de ensino, ela apresentará um pouco da sua rotina como professora e os desafios de manter viva a língua ancestral Pataxoop para as novas gerações. A iniciativa, realizada pelo CCBB Educativo – Territórios e Saberes, é uma homenagem ao Dia Internacional da Língua Materna, celebrado em 21 de fevereiro. O evento tem entrada gratuita mediante inscrição: https://forms.gle/5FzBk5aj1BhLduQB9.

“Tehêys: minha escrita é o desenho”

Dona Liça Pataxoop, mulher indígena e professora da aldeia MuãMimatxi, da etnia Pataxós, na região de Itapecerica (MG), é também ilustradora. Seus desenhos-narrativa, chamados tehêy, já foram exibidos em exposição e viraram um livro, no qual é possível ouvir histórias a partir de QRcodes.

Ela conta que têhêy, originalmente, é um instrumento usado pelas mulheres do povo Pataxoop para pescar em córregos, nas beiradas de rios e lagoas. Quando se “terreia” a água, os peixes surgem na rede e é possível separar os grandes – que servirão de alimento – e os pequenos – que serão soltos para que cresçam. É a partir do nome dessa rede de pesca que elabatizou os desenhos que guardam a história do povo Pataxoop, e que são uma forma tradicional de ensino e aprendizado utilizado na escola da aldeia.

Para Danilo Filho, coordenador do CCBB Educativo, é importante que os espaços de produção de conhecimento se voltem para alfabetizar a população acerca da cultura ancestral. “Esse ensinamento se dará por meio da oralidade, de conversar com seus protagonistas, de abrir espaço para que contem sua história. E é nisso que estamos apostando ao realizar não só essa atividade, mas todo o projeto Territórios e Saberes. Dona Liça vem fazer no CCBB o que já faz na aldeia:ensinar sobre acultura Pataxoop. Acredito que só assim conseguiremos reconhecer que nossa ancestralidade brota da mesma raiz e que é urgente que defendamos os povos originários e sua história”.

 

Alfabetizar Cantando é tema de bate-papo no sábado (24)com o professor indígena SaniwêPataxoop

A cultura de ensino MuãMimatxi também será tema do encontro Práticas e Reflexões, que ocorre no sábado, 24 de fevereiro, das 10h30 às 12h30. Para conduzir a conversa “Alfabetizar Cantando”, o CCBB Educativo convidou o professor SaniwêPataxoop, doutorando em Educação pela FAE/UFMG e educador da Escola Estadual Indígena Pataxó MuãMimatxi.

No bate-papo, ele vai abordar suas experiências e reflexões como professor utilizando o método Alfabetizar Cantando. Antigamente, os ensinamentos, histórias e costumes do povo Pataxoop eram repassados aos jovens e crianças em uma roda de conversa. De maneira lúdica e participativa, eram usados cantos e danças para reforçar as narrativas orais. Hoje, na aldeia MuãMimatxi, há uma escola que cumpre o papel de formar os jovens nas tradições da cultura indígena e do ensino ocidental, mas segue usando a música para alfabetizar crianças. A entrada é gratuita mediante inscrição: https://forms.gle/ZxPwp8fsgpyjaGgLA.

 

Confira a programação completa do CCBB Educativo – Territórios e Saberes para fevereiro

Laboratório de Práticas Criativas – Jogo da Memória. Os participantes serão instigados a conhecer um pouco da memória de personagens pouco explorados pela história oficial de Minas Gerais, mas que fazem parte de sua construção e do imaginário popular. Mariado Arraial, Celton, Chica da Silva e Dona Beja são algumas das personalidades escolhidas para essa ação. Quando: até 29/02. Horários: sábado, domingo e feriados – 12h e 17h.

Livro Vivo. Educadores leem em voz alta livros com temas relacionados a patrimônio, cidades, memória, população e linguagem. Serão oferecidos para escolha do público os seguintes títulos: “Da minha janela”, Otávio Júnior; “A África que você fala”, de Claudio Fragata; “Todas as pessoas contam”, de KristinRoskifte; dentre outros.Quando: até 29/02. Horários: sábado, domingo e feriados – 13h e 17h.

Em Cantos e Contos. Neste espetáculo de contação de histórias, que une música, teatro e literatura, educadores-artistas resgatam as principais lendas de Belo Horizonte para contar aos visitantes como a cidade surgiu, quem foram os primeiros moradores, os primeiros bairros e, quem sabe, os primeiros “personagens” da capital mineira.Quando: até 29/02. Horários: sábado, domingo e feriados – 14h e 16h.

Pequenas Mãos – Nossas Pequenas Cidades. Crianças a partir de 3 anos são convidadas a planejar – a partir dos nossos ideais de espaço coletivo – uma cidade que seja um lugar capaz de acolher o maior número de desejos e sonhos dos que nela residem. Quando: até 29/02. Horários: sábado, domingo e feriados – 15h.

Pequeníssimas Mãos – Múltiplas Sensações. Inspirado nos trabalhos artísticos de Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Tunga e Lygia Clark, que têm o corpo do espectador como agente de ativação da obra, o CCBB Educativo propõe uma experiência estética para bebês de zero a dois anos. Na primeira fase do projeto, intitulada de “De Volta para o Ninho”, os bebês e seus pais serão convidados a explorarem “ninhos sensoriais”, criados a partir de pequenos cubos feitos com bambolês, que ativam a sensorialidade por meio de texturas, aromas, linhas, fitas e sons. Uma proposta de imersão que ativará a percepção estética dos bebês, colocando seus corpos em contato com o espaço e com objetos mediadores. Quando: até 29/02. Horários: sábado, domingo e feriados – 11h e 11h30. Lotação: 10 crianças por sessão, acompanhadas por até dois responsáveis.

Visita Teatralizada. Nesta ação, personagens que fizeram parte da memória de BH ou do prédio do CCBB viajam no tempo e chegam em 2024 para contar um pouco da história da cidade, da Praça da Liberdade e da arquitetura do edifício. Numa inusitada imersão cênica, o visitante é convidado a acompanhar essa história percorrendo os espaços do prédio. A visita tem duração de até 1h e é destinada para o público espontâneo. Quando: até 29/02. Horários: sábado, domingo e segunda – 18h.

Ateliê Educativo. Espaço aberto ao público que reúne a biblioteca do CCBB Educativo, acervo com pesquisas artísticas e um cantinho para bate-papo ligado a temas de arte-educação. Também é possível deixar recados e sugestões sobre as ações educativas. Quando: até 29/02. Horários: segunda, quinta e sexta, das 10h às 21h. Quarta, das 10h às 13h e das 17h às 21h. Sábado, domingo e feriados – das 10h às18h.

Visita Mediada Cognitiva e Multissensorial. Que tal conhecer o prédio do CCBB utilizando outros sentidos que não apenas a visão? Horário de visitação para pessoas com transtorno do espectro autista e seus acompanhantes, que explora memórias, sentidos e sensações. Quando: 25/02, às 9h30. A atividade tem a duração de 30 minutos e é necessário fazer inscrição pelo formulário: https://forms.gle/Ewr6c5T64YqT7pnVA.

Visitas Mediadas. Que tal visitar as exposições do CCBB acompanhado de um educador? Visitantes de todas as idades participam de uma visita mediada em grupo, sem necessidade de agendamento. Com duração de uma hora, as visitas estimulam a troca, a investigação e a reflexão sobre as exposições. Quando: até 29/02. Horários: quarta a segunda – 12h e 18h.

Visita em Libras. Conheça as exposições do CCBB em Língua Brasileira de Sinais – Libras. Nesta ação, um intérprete de Libras ouvinte realiza visitas medidas em Libras nas exposições em cartaz. Com duração de 1h, as visitas estimulam a troca, a investigação e a reflexão sobre as exposições. Quando: até 29/02. Horários: domingo – 15h. Segunda – 16h.

Visitas agendadas para grupos. Agende sua visita educativa conosco! Escolas públicas e privadas, ONGs e outras instituições dedicadas à educação e à integração social podem agendar visitas educativas às exposições. Com duração de 1h, as visitas educativas agendadas estimulam a troca, a investigação e a reflexão sobre as exposições. Quando: até 29/02. Horários: segunda, quinta e sexta – 9h30, 10h30, 14h, 15h, 19h e 20h. Quarta – 9h30, 10h30, 19h.

 

Circuito Liberdade

 

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

 

Serviço CCBB Belo Horizonte

Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte – MG

Funcionamento – Quarta a segunda, das 10h às 22h.

Telefone: (31) 3431-9400

E-mail: [email protected]

Redes sociais: facebook.com/ccbb.bh | instagram.com/ccbbbh

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Marcio Amaral

Marcio Amaral

Profissional especializado em crédito, apaixonado por tecnologia e tenho como proposito de vida ajudar as pessoas. Com formação em Comunicação Social e um MBA em Gestão de Negócios, acumula mais de 13 anos de experiência no mercado digital. Orientado pela busca constante pela seriedade e credibilidade na entrega de informações.

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