A cidade de Tiradentes/MG recebe ao longo de 11 dias, a programação diversificada do Festival Artes Vertentes. Considerado um dos eventos mais importantes do país na promoção das artes de forma integradas, a programação reúne uma série de atrações, reunindo nomes nacionais e internacionais.
Reconhecido como um dos mais importantes festivais de artes integradas do país, o Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes terá início nesta quinta-feira. A programação reúne concertos, exposições, exibições, espetáculos, bate-papos, residências artísticas, oficinas, além de uma série de atividades voltadas para a promoção das artes e do conhecimento.
O tema escolhido para nortear as escolhas e as narrativas artísticas desta edição é “Paisagens Imaginárias”. Com esta temática, a curadoria pretende ampliar a reflexão sobre modelos reais de integração e diálogo das mais variadas vertentes artísticas, destacando ao longo da programação, manifestações como a música, a literatura, o teatro, a dança, o cinema e as artes visuais e a oralidade, reunindo representantes do Brasil e também do exterior. De acordo com o curador e diretor artístico do festival, Luiz Gustavo Carvalho, Minas Gerais é um estado que possui uma relação direta com as paisagens reais e imaginárias uma vez que esta foi uma das regiões mais devastadas ao longo da história pela exploração de suas riquezas reais e imateriais. No pensamento dos homens que “desbravavam” a terra, o território era percebido como uma espécie de lugar paradisíaco, criando uma espécie de paisagem imaginária capaz de reunir o real, o inventado, o extinto e o projetado.
Na literatura de Guimarães Rosa, encontramos diversas referências às paisagens e personagens mineiros. Enquanto isso, nas obras de Shakespeare, Mia Couto, Andrei Platônov e outros autores, é possível observar como as paisagens se movimentam, fundindo-se aos personagens. O tema também explora as paisagens imaginárias introduzidas pelos movimentos messiânicos que ocorreram em diversas partes do Brasil e do mundo, que foram fundamentais para exaltar a relação entre terra e paisagem. O mote curatorial incita a uma discussão sobre a relação entre as paisagens imaginárias versus a invisibilização de paisagens, sobretudo as humanas.
Nesse sentido, a programação do Festival Artes Vertentes busca elucidar e oxigenar conceitos, além de promover uma série de experiências imersivas envolvendo as mais diversas manifestações artísticas, incluindo análises de temas relevantes da nossa história. Enquanto isso, celebra a criação e as possibilidades de conexão entre os meios, potencializando o fazer e a fruição artística.
Programação
A abertura oficial do 12º Festival Artes Vertentes será realizada às 17h desta quinta, no Centro Cultural Yves Alves, e contará com a apresentação dos grupos musicais da Ação Cultural Artes Vertentes: Musicalização Artes Vertentes, Pequenos Grandes Violinistas e Coro VivAvoz. Na sequência, às 18h, também no Centro Cultural Yves Alves, haverá a abertura da exposição Anjos caídos, reunindo obras da premiada fotógrafa, jornalista e escritora francesa Emilienne Malfatto. A mostra reúne imagens e conteúdos que lançam um olhar poético, denunciativo e delicado para situações que envolvem a perda, o luto, o trauma, a ausência, com foco na memória dos Yazidis, minoria religiosa curda, estabelecida numa região localizada na fronteira entre o Iraque e a Síria. Praticando um dos monoteísmos mais antigos do mundo, os Yazidis têm sido alvo de inúmeros genocídios ao longo da história. Através da superposição de fotografias e retratos antigos, acompanhados dos relatos das pessoas que regressaram ao território, Emilienne Malfatto retrata uma terra de fantasmas, onde as pessoas (sobre)vivem assombradas pelos ausentes. O Sobrado Quatro Cantos, inaugura, também às 18h, a exposição Da casa à paisagem, uma parceria com o Campus Cultural UFMG Tiradentes. A mostra reúne trabalhos assinados por Andrea Lanna, Daisy Turrer, Elisa Campos, Fernanda Goulart, Liliza Mendes, Roberto Bethônico e Rodrigo Borges. Às 19h, o Largo de Sant’Anna, recebe a apresentação do espetáculo de dança e música Vós que pulsais, livremente inspirado nos signos e elementos presentes no conto O lobisomem de Minas, do escritor suíço Blaise Cendrars. A montagem é resultado de um processo de criação fomentado pelo Festival Artes Vertentes e realizado em Tiradentes ao longo dos anos de 2022 e 2023 por Morena Nascimento, Sofia Leandro e Bruno Santos. A música, composta por Leonardo Martinelli, remete-nos aos encontros reais ou imaginários que acontecem dentro e fora da narrativa de Cendrars. Encerrando o primeiro dia de programação, às 20h30, será a vez do concerto Você se lembra da noite?, inédito em Minas Gerais, reunindo a reverenciada soprano Eliane Coelho e o pianista Gustavo Carvalho, numa homenagem a Serguei Rachmaninov.
No dia 17 de novembro, sexta-feira, a programação será iniciada com duas exibições do filme Kirikou e a feiticeira, do francês Michel Ocelot. Ele poderá ser conferido às 09h e também às 14h, no auditório do Centro Cultural Yves Alves. O longa de animação narra uma saga que se passa num vilarejo da África. O minúsculo Kirikou nasce num povoado sob o qual uma feiticeira, Karaba, lançou um terrível feitiço capaz de fazer a fonte de água secar enquanto homens são sequestrados e vão desaparecendo misteriosamente. Kirikou, logo que sai da barriga da mãe, quer libertar o vilarejo do seu domínio maléfico e descobrir qual o segredo da sua maldade. Às 16h30, as escritoras Ana Martins Marques e Aline Motta, promovem o lançamento dos respectivos livros De uma a outra ilha (Círculo de Poemas, 2023) e A água é uma máquina do tempo (Círculo de Poemas, 2022), durante um café literário nos jardins do espaço Marcas Mineiras. O Museu Padre Toledo recebe, às 18h30, o programa Visões do ontem, memórias do amanhã, que mistura música, literatura e cinema. Durante a apresentação, o duo Sofia Leandro & Bruno Santos irá interpretar obras de dois compositores contemporâneos(Vinícius Baldaia e Thiago Vila), em diálogo com o curta-metragem A plataforma((La jetée), de Chris Marker e com a poesia de Felipe Franco Munhoz. No mesmo dia, às 20h, no Museu Casa Padre Toledo, Aline Motta realizará uma leitura performática com projeção em vídeo baseada no seu primeiro livro, lançado em 2022, A água é uma máquina do tempo. Às 21h, no Palco Canudos, que será montado no Jardim Interno do Museu Padre Toledo, o Festival recebe o show solo de Kiko Dinucci, em formato voz e violão. No repertório, canções de seu álbum mais recente, Rastilho, além de outras músicas que integram seus outros discos e projetos anteriores, como Metá Metá e Passo Torto.
A programação do dia 18 de novembro terá início às 11h com leitura e encontro com a escritora e cineasta Rita Carelli, autora de Menina mandioca, um livro infantil que é resultado da vivência da autora em terras indígenas durante a sua infância. A publicação nasceu do desejo de Rita de ver crianças e adultos sonhando ser plantas, pedras ou rios. O mito indígena de origem do alimento essencial para a sobrevivência dos povos originários é o responsável por trazer uma série reflexões importantes sobre o respeito ao meio-ambiente. Desta forma, o livro contribui para apresentar às crianças informações e conceitos sobre outras formas existências, refletindo sobre a nossa ancestralidade e nossa responsabilidade com o meio-ambiente. Logo mais, às 11h, o Ciclo de Ideias, O Jardim das Hespérides: Minas e as visões do mundo natural no séc. XVIII, conduzido pela historiadora Laura de Mello e Souza, o público terá a oportunidade de analisar parte da história do estado de Minas Gerais a partir de quatro perspectivas: mítica, trágica, prática e afetiva – que se misturam ao longo do curso histórico e concorrem para demonstrar como a relação com o mundo natural teve um papel fundamental para a formação sociocultural mineira. A atividade será realizada no Solar Quatro Cantos e a entrada é franca. Às 15h30, o Centro Cultural Yves Alves recebe uma sessão dupla de cinema, com a exibição dos curtas Yaõkwa, imagem e memória, de Rita e Vicent Carelli e A Era de Lareokotô, de Rita Carelli. Ao longo dos dois filmes, a cineasta retrata alguns aspectos da cosmovisão do povo indígena Enawenê Nawê. O projeto Vídeo nas Aldeias, fundado por Vicent Carelli, realizou com os indígenas Enawenê Nawê, durante quinze anos, extensos registros do Yaõkwa, seu mais longo ritual, em que os mestres de cerimônia puxam, durante sete meses, uma miríade de cantos a fim de manter o equilíbrio do mundo terreno com o mundo espiritual. No curta-metragem Yaõkwa, imagem e memória, realizado quinze anos mais tarde depois do início do projeto, os Enawenê Nawê reencontram essas imagens e, com elas, parentes falecidos, costumes que caíram em desuso e preciosos cantos rituais. Já o filme A Era da Lareokotô observa um dia intenso – e comum – na aldeia do povo indígena Enawenê-Nawê (MT). Kularenê, nos conta como, ao saírem de dentro da mesma pedra, índios e brancos tomaram rumos distintos. Logo depois, às 16h30, a Marcas Mineiras recebe um Café Literário, com Emilienne Malfatto e Rita Carelli para o lançamento dos livros Que por você se lamente o Tigre (Editora Nós, 2023), vencedor do Prêmio Goncourt 2021 na categoria Primeiro Romance, e Terrapreta (Editora 34), vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria Melhor Romance de Estreia. Às 18h, o concerto Esperar apenas a primavera para florir promete emocionar o público com um repertório que inclui peças de John Cage, Sofia Gubaidulina, Leonardo Martinelli e Claude Debussy, interpretadas pela mineira Cássia Lima (flauta), o canadense Peter Pas (viola) e argentina Soledad Yaya (harpa), tecendo um diálogo com a poesia de Ana Martins Marques. Às 19h30, no Centro Cultural Yves Alves, começa a sessão do filme Aguirre, a ira de Deus, de Werner Herzog. Baseado em fatos históricos, o longa narra uma expedição espanhola do século XVI pela selva amazônica em busca da mítica cidade de El Dorado, local onde diziam ser reduto de muito ouro. A viagem acaba em motim e tragédia, tendo como personagem central a insana figura do conquistador Don Lope de Aguirre. Encerrando a programação do primeiro sábado de atividades, às 21h, no Palco Canudos, o público poderá conferir a apresentação do músico Roger Deff, um dos expoentes do Hip Hop mineiro. Suas canções e atuação exploram as relações entre a periferia e o centro, a diáspora negra e a conexão movimento Hip Hop com os dilemas contemporâneos. O trabalho do artista estabelece diálogos com toda uma gama de estéticas sonoras de matriz africana e traz reflexões sobre lutas, anseios e esperanças coletivas.
No dia 19, a programação está prevista para começar ao meio-dia, na Igreja São João Evangelista, com o concerto Postais de parte alguma, inteiramente dedicado à canções escritas por dois compositores contemporâneos: Leonardo Martinelli e Luciano Berio. A apresentação contará com leituras de Ana Martins Marques, e envolverá ainda a participação dos músicos: Manuela Freua(voz), Cássia Lima( flauta), Luca Raele(clarineta), Soledad Yaya(harpa), Peter Pas(viola), Elise Pittenger(cello), Bruno Santos(percussão) e Fernando Rocha(percussão). Logo depois, às 18h, a Igreja Nossa Senhora das Mercês recebe o concerto Canções de amor, canções sem palavras, com repertório dedicado aos compositores Robert Schumann, Felix Mendelssohn Bartholdy e Viktor Ullmann. A execução musical ficará por conta de um time de peso, formado pela soprano Eliane Coelho, o violinista russo Stepan Yakovitch, o violista romeno Razvan Popovici, além dos pianistas Cristian Budu e Gustavo Carvalho. A apresentação contará com leituras do poeta e ficcionista Ismar Tirelli Neto. Na sequência, às 20h30, uma jam session especial reunirá músicos participantes do Festival Artes Vertentes, em caráter informal, no Espaço Marcas Mineiras. Intitulada “Sunday Night Fever”, a apresentação é aberta ao público.
No dia 20, o concerto Lenda, reunirá os musicistas Thorsten Johann(clarineta), Stepan Yakovitch(violino), Uiler Moreira(violino), Razvan Popovici(viola), Elise Pittenger(cello), Cristian Budu(piano) e Gustavo Carvalho(piano) para um repertório dedicado à obras de Robert Schumann, Antonin Dvorak e Ernst von Dohnányi. A apresentação está marcada para às 19h, na Igreja Nossa Senhora das Mercês.
O concerto Paisagens derradeiras é a atração musical do dia 21. Com repertório que inclui composições de Paul Hindemith, Richard Strauss e Johannes Brahms, a apresentação poderá ser conferida às 19h na Igreja do Rosário, incluindo a participação dos musicistas, Thorsten Johanns(clarineta), Stepan Yakovitch(violino), Uiler Moreira(violino), Razvan Popovici(viola), Iberê Carvalho(viola), Justus Grimm(cello), Elise Pittenger(cello) e Augusto Andrade(contrabaixo).
No dia 22, às 17h, o Chafariz de São José recebe o concerto Cantos de Caronte, destacando a criação do compositor, professor, crítico e jornalista musical, Leonardo Martinelli, considerado um dos maiores nomes em atividade no país na área de composição. A apresentação contará com leituras do escritor Felipe Franco Munhoz, além da participação dos músicos: Michel de Souza(barítono), Luca Raele(clarineta), Iberê Carvalho(viola), Augusto Andrade(contrabaixo) e Bruno Santos(percussão). Às 18h, no Centro Cultural Yves Alves, haverá a exibição do filme A estrangeira, dirigido por Feo Aladag. O longa alemão narra a história de Umay, uma jovem de descendência turca que sai de Istambul em busca de uma vida independente na Alemanha. Sua luta contra a resistência de sua família cria uma situação que chega a colocar vidas sob ameaça, retratando os conflitos reais entre tradições e valores culturais. Às 20h, a Igreja Nossa Senhora das Mercês receberá o concerto Amores transfigurados, com repertório de Marcos Filho, Maurice Ravel, Edmund Campion e Arnold Schönberg, interpretado por Michel de Souza(barítono), Sofia Leandro(violino), Elise Pittenger(cello), Bruno Santos(marimba) e Gustavo Carvalho(piano).
A programação do dia 23 terá início com o concerto Flores somos nós, somente flores…, que poderá ser conferido ao meio-dia, na Igreja São João Evangelista. A surpresa fica por conta do repertório que inclui peças de Johannes Brahms, György Kurtág e Béla Bartók. A execução ficará por conta do quinteto formado por Thorsten Johanns(clarineta), Stepan Yakovitch(violino), Justus Grimm(cello), Cristian Budu(piano) e Gustavo Carvalho(piano). A apresentação será acompanhada de leituras da escritora Maria Valéria Rezende. Às 16h30, o espaço Marcas Mineiras, recebe um Café Literário, com Felipe Franco Munhoz, que é escritor residente do Festival Artes Vertentes. Ele baterá um papo com o jornalista Irineu Franco Perpétuo, especializado na cobertura da música erudita. Às 19h, será a vez do público conferir uma performance que reúne música e audiovisual, apresentada pelo tradicional duo experimental mineiro O Grivo ao lado da artista plástica mineira Niura Bellavinha e do músico paulista Francisco César. A performance Esse Isso Aqui consiste em uma série de improvisações que ocorrem na intersecção da música experimental e contemporânea, o free-jazz e as pinturas expandidas realizadas ao vivo e será realizada no Museu Casa Padre Toledo, com entrada gratuita. Fechando o dia, o músico paulista Fábio Zanon, um dos artistas brasileiros de maior prestígio internacional da atualidade, realizará um recital de violão, na Igreja São João Evangelista, às 20h30, com repertório que inclui peças de compositores espanhóis e brasileiros, como Vicente Arregui, Federico Moreno Torroba, Joaquin Turina, Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone.
No dia 24, a programação será iniciada no Centro Cultural Yves Alves com o encontro O Caçador e o Curupira e outras histórias do povo indígena Macuxi, com a escritora Trudruá Dorrico. Voltado para públicos de todas as idades, ela irá compartilhar contos do povo indígena Macuxi, que possuem uma vasta história de luta por direitos e pela terra. São povos habitantes em áreas da Venezuela, Guiana e Brasil(Roraima), onde estabeleceram a maior parte de suas comunidades. O encontro com a escritora contará com duas sessões, uma às 9h e outra às 15h, ambas gratuitas. Ampliando a atuação do festival, neste dia, às 17h, o concerto Artes Vertentes visita o Bichinho leva para a bucólica comunidade, vizinha de Tiradentes, uma apresentação gratuita na Igreja Nossa Senhora da Penha, reunindo os musicistas Stepan Yakovitch(violino), Iberê Carvalho(viola), Justus Grimm(cello) e Fabio Zanon(violão). No repertório, peças de Johann Sebastian Bach, Niccolò Paganini e Sergio Assad. Na sequência, às 19h, no Espaço Marcas Mineiras é a vez do concerto As canções de Felipe Franco Munhoz, interpretadas pelo próprio autor, em uma performance com guitarra e ukulele. Encerrando a programação, às 20h30, haverá a exibição do filme O velho e o novo, drama russo dirigido por Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrov, no Museu Casa Padre Toledo. O destaque da exibição ficará por conta da trilha sonora, que será executada ao vivo pelo O Grivo em colaboração com Francisco César.
No dia 25, a primeira atração do dia é o Café Literário, às 10h30, no Espaço Marcas Mineiras, com a escritora Maria Valéria Rezende. O encontro também marca o lançamento do livro Toda palavra dá samba. Às 12h, o concerto De povos e terras distantes, na igreja São João Evangelista, celebra peças de Antonin Dvorak, Robert Schumann e João Guilherme Ripper, reunindo os musicistas, Alexandre Barros(oboé), Stepan Yakovitch(violino), Justus Grimm(cello), Gustavo Carvalho(piano) e Cristian Budu(piano). A apresentação contará com leituras da escritora Maria Valéria Rezende. Às 18h, na Igreja São João Evangelista, outro concerto, intitulado A tarde de um fauno em paisagens do sul, que celebra o legado de compositores, como Benjamin Britten, Claude Debussy, Alberto Ginastera, Astor Piazzolla e Radamés Gnatalli. Para esta missão, foram escalados: Alexandre Barros(oboé), Stepan Yakovitch(violino), Iberê Carvalho(viola), Justus Grimm(cello), Fabio Zanon(violão), Gustavo Carvalho(piano) e Cristian Budu(piano).
Para encerrar a programação do 12º Festival Artes Vertentes em grande estilo, a curadoria escalou uma atração que irá surpreender o público. A ópera de câmara Canções do Mendigo será apresentada no dia 26 de novembro, às 11h, no Chafariz de São José. Baseado no romance “O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam”, as “Canções do mendigo” (2014) é uma ópera de câmara em apenas um ato, e tem música de Leonardo Martinelli e libreto de João Luiz Sampaio. A partir de uma mistura de teatro de prosa e teatro lírico, o público é convidado a mergulhar na conturbada mente desse personagem ácido e visceral, conhecendo sua visão de mundo, das pessoas e de seu amor perdido pela misteriosa N. Em cena estão: Michel de Souza(Mendigo), Iberê Carvalho(viola), Luca Raele(clarineta) e Gustavo Carvalho(piano). Às 17h, no Centro Cultural Yves Alves, haverá exibição do filme “Para casa”, do diretor ucraniano Nariman Aliev. Tendo perdido o filho mais velho na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Moustafa decide levar o corpo dele de volta à terra natal: a Crimeia. Para isso, ele pega a estrada com seu filho mais novo. Uma viagem que vai mudar a relação deles para sempre. O concerto Antes das doze badaladas, às 20h, na Igreja São João Evangelista, encerra oficialmente a programação desta 12ª edição do Festival Artes Vertentes. Reunindo peças de compositores como Serguei Rachmaninov, Benjamin Britten, Robert Keeley e Serguei Prokofiev, a apresentação reunirá Alexandre Barros(oboé), Justus Grimm(cello), Fabio Zanon(violão), Cristian Budu(piano), Gustavo Carvalho(piano), além de leituras conduzidas pelos escritores Maria Valéria Rezende e Felipe Franco Munhoz.
Sobre o Festival Artes Vertentes
Criado em 2012 por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, o Festival Artes Vertentes é um projeto realizado pela Ars et Vita e pela Associação dos Amigos do Festival Artes Vertentes. O evento vem apresentando, ininterruptamente, uma programação artística que estimula diálogos entre as mais diversas linguagens artísticas e propõe, por meio da arte, reflexões sobre temas de relevância para a sociedade contemporânea. Vencedor do prêmio CONCERTO 2021 e nomeado para o prêmio internacional Classic: NEXT Innovation Award 2022, durante as últimas edições, o Festival Artes Vertentes já recebeu mais de 420 artistas, originários de 40 países.
O 12º Festival Artes Vertentes é realizado com o patrocínio da Cemig, Itaú, Copasa e Minasmáquinas.
Mais informações no site www.artesvertentes.com.
Cemig: a energia da cultura
A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo dos seus 70 anos de fundação, a empresa investe e apoia as expressões artísticas existentes no estado, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade. Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística e cultural no estado, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo mineiro. Os projetos incentivados pela Cemig objetivam chegar nas diferentes regiões do estado, beneficiando um maior número de pessoas e promovendo a democratização do acesso às práticas culturais. Assim, incentivar e impulsionar o crescimento do setor cultural em Minas Gerais reflete e reforça o compromisso e o posicionamento da Cemig em transformar vidas com a nossa energia.
Serviço
12º Festival Artes Vertentes
De 16 a 26 de novembro, em Tiradentes/MG
Programação completa: www.artesvertentes.com
Ingressos online para apresentações pagas(R$40 e R$20): https://www.artesvertentes.com/ingressos